Pela lei 11.291, os
fabricantes de equipamentos portáteis sonoros individuais são obrigados a
informar seus clientes de que volumes acima de 85 dB podem lesar o sistema
auditivo. Como saber se estamos extrapolando no uso dos nossos fones de ouvido?
Apesar de ser uma
invenção maravilhosa, o uso do fone de ouvido de maneira abusiva pode
prejudicar a saúde, em especial a dos ouvidos. Tudo por causa do excesso de
volume, excesso de tempo com o aparelho, vulnerabilidade individual de cada
pessoa ou todos os fatores juntos!
Sempre falamos sobre
as principais maneiras de prevenção, mas não custa repetir: não ultrapasse a
metade da potência de cada aparelho (volume) e nem fique com o fone por mais de
duas horas seguidas. Com esses dois fatores sob controle, resta apenas a
vulnerabilidade individual de cada um, que é muito difícil de conhecer e
controlar.
Quais problemas o mau uso do fone
de ouvido pode causar?
1.
Aos ouvidos:
Perda de audição:
é a
lesão mais conhecida e temida, porém ela demora para acontecer e as pessoas
dificilmente acreditam que vai acontecer com elas.
Zumbido:
é um
barulho no ouvido (chiado ou apito) que pode ser melhor percebido em momentos
de silêncio, como antes de dormir. É um sintoma de lesão inicial, portanto
aparece mais precocemente do que a perda auditiva. Em geral, o zumbido é o sinal de alerta que a lesão já começou,
mas que ainda pode ser revertida se novos cuidados forem tomados. Portanto,
esse é o momento ideal de procurar ajuda médica, ANTES de perceber alguma perda
auditiva.
Hipersensibilidade auditiva ou
intolerância a sons: as pessoas começam, progressivamente, a se
irritar com sons do dia-a-dia que antes não incomodavam. Exemplo: vozes, TV,
música, eletrodomésticos, etc. Também pode aparecer antes da perda auditiva,
com ou sem zumbido, mas é o sintoma menos comum de todos.
2.
Ao sono:
O principal é a insônia inicial ou medial
(dificuldade para começar a dormir ou para manter o sono).
3.
Outros danos:
Diminuição da
concentração, agitação, nervosismo e até aumento da pressão arterial!!!
Existe um fone de ouvido ideal?
Sim. Recentemente
dei uma entrevista para a VEJA e gostei muito porque ela juntou minha opinião
médica com uma pesquisa sobre a segurança de cada tecnologia.
Há 4 tipos de fones
principais, criados por motivos diferentes. Qualquer tipo pode prejudicar a
saúde auditiva se for usado em abuso (de volume ou de tempo), principalmente
nas pessoas mais vulneráveis. Ou seja, usar um determinado modelo de fone não
necessariamente isenta do risco de problemas. O grande diferencial para a saúde
é o fone que tem abafador de ruído externo: ele anula parte dos sons do
ambiente e permite que o volume dos fones não seja tão alto nem lesivo para os
ouvidos.
O mais indicado é o HEADPHONE (mais conhecido como modelo
concha): ele envolve a orelha toda. É mais recomendado porque não agride tanto
os ouvidos, permite melhor isolamento acústico, evidencia a percepção de graves
e agudos e permite ouvir música com grande fidelidade em volume mais baixo.
O design já
veda parte do ruído ambiente, mas certos modelos de headphone ainda têm o “noise
cancelling”, que é a maior vantagem de um fone de ouvido: por meio de um microfone, ele capta a frequência do
som externo e emite outra, invertida,
de mesma intensidade, para que um som anule o outro.
É ideal
para usar em locais barulhentos, como a rua ou o transporte público, pois isola
parte dos ruídos externos.
Portando
você pode sim, usar fones e apreciar suas músicas favoritas... com moderação e
adequação, a gente aprova!!!
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